20 de out. de 2011

Senna TRI

Tricampeonato de Ayrton Senna completa 20 anos nesta quinta-feira. O título do brasileiro, obtido Senna comemora tri em 1991 (Foto: Getty Images)em 1991, marcou última conquista do país na F-1.

Há 20 anos, o Brasil comemorava seu último título na Fórmula 1. Em 20 de outubro de 1991, Ayrton Senna chegava na segunda posição do GP do Japão, em Suzuka, e se sagrava tricampeão da maior categoria do automobilismo mundial. E o GLOBOESPORTE.COM relembra, corrida a corrida, os fatos que levaram à esta conquista.

Ayrton Senna entrava em 1991 com as expectativas em alta. O brasileiro tinha se sagrado bicampeão da Fórmula 1 no ano anterior, após bater com Alain Prost na primeira curva do GP do Japão, em uma espécie de troco do acontecido em 1989, quando o francês lhe tirou da corrida. As perspectivas eram da repetição do duelo entre os dois arquirrivais no campeonato.

Sem estar satisfeito com o novo motor Honda V12 de seu carro, o brasileiro encarava um francês com um bom desempenho nos testes de inverno. Mas a temporada começou de forma diferente, com quatro vitórias seguidas de Ayrton Senna. Ele dominou o GP dos Estados Unidos, realizado no circuito de rua de Phoenix. Duas semanas depois, no Brasil, um triunfo histórico, em condições extremas. Ele ficou apenas com a sexta marcha no fim da prova. Em San Marino, mais um troféu, fato que se repetiria em Mônaco, em sua quarta subida ao alto do pódio no principado.

Ayrton Senna, Ricardo Patrese e Gerhard Berger no pódio de Interlagos em 1991 (Foto: Getty Images)

O cenário, então, era o melhor possível. 40 pontos em quatro provas, 100% de aproveitamento e um desempenho decepcionante da Ferrari. A surpresa era o desempenho da Williams, que já conseguia andar entre os primeiros. Senna abandonou no Canadá, onde Nelson Piquet venceu sua última prova na Fórmula 1, depois de Nigel Mansell abandonar na última volta.

Nas corridas seguintes, Ayrton Senna começou a enfrentar a reação da equipe inglesa. A Williams mostrou seu poder com quatro vitórias seguidas - três de Mansell e uma de Riccardo Patrese, seu companheiro. A McLaren só reagiu no GP da Hungria, onde estreou seu câmbio semi-automático. Vitória de Senna, que respirou, finalmente, no campeonato. Na corrida seguinte, na Bélgica, mais um triunfo, e a vantagem na classificação aumentou para 22 pontos a cinco provas do fim.

No GP da Itália, Mansell reagiu e venceu. Só que em Portugal o azar do "Leão" apareceu com muita força. Uma porca mal apertada no pit stop e um erro da Williams causaram a desclassificação do inglês. A equipe recolocou o pneu solto no pit lane, o que é proibido pelo regulamento. Só que, em Barcelona, prova seguinte, Senna terminou apenas em quinto e o inglês voltou a sonhar.

Ayrton Senna pega a famosa carona com Nigel Mansell no GP da Inglaterra de 1991 (Foto: Getty Images)

Com 16 pontos de vantagem, Senna chegou ao GP do Japão, em Suzuka, com tudo nas mãos. Mansell precisava fazer sete pontos a mais que o brasileiro, o que praticamente obrigava o inglês a vencer. E a McLaren resolveu apostar no jogo de equipe. Ayrton Senna largou em segundo, enquanto Gerhard Berger disparava na ponta da corrida.

Com Mansell em terceiro, Senna passou a apenas domar Mansell, que se enervou e acabou saindo da pista na primeira curva de Suzuka e atolando na caixa de brita, dando o tricampeonato ao brasileiro. Ele ainda alcançou Berger e o ultrapassou, mas acabou cedendo a vitória na última curva. Na prova seguinte, sob muita chuva, o brasileiro selou a conquista em Adelaide, na Austrália.

TEXTO DO GE.COM/FORMULA1, NÃO ACHEI E NEM CONSEGUI FAZER UM MELHOR.

PRA FINALIZAR UM TRECHO DA MAIOR VITÓRIA DELE DESTE ANO, QUIÇÁ DA SUA CARREIRA NA F1